O fantástico significado da palavra

post3 2SINOPSE: Eduardo Zugaib volta a figurar a cena com mais uma publicação. Com narrativa leve e ilustrado por Danielle Felicetti Muquy, “O Fantástico Significado da Palavra Significado” é uma história que provoca reflexões reais em leitores de todas as idades, incentivando-os à busca dos valores contidos em sua própria essência, principalmente quando a motivação desaparece e a vida perde o sentido diante da rotina ou das dificuldades. Logo, a obra chega num momento oportuno, em que muitos brasileiros amargam reflexos da crise, tais como o adiamento de planos, o encerramento de projetos, a perda de propósito nas atividades e o enfraquecimento dos relacionamentos.

Menina, a personagem central, é uma jovem de vinte anos que atravessa um momento difícil e de grande frustração. Um dia, ela é surpreendida ao receber um misterioso livro, guardado há décadas num cofre de banco, por um avô que não conhecera. As páginas envelhecidas lançam-na em uma surpreendente história dentro da história, que distorce o tempo e amarra as pontas soltas do seu passado e do seu futuro. E, a cada novo significado que encontra na leitura deixada pelo avô, vai percebendo a necessidade de se colocar o coração pra valer – e com valor – no dia de hoje.
“O Fantástico Significado da Palavra Significado” nasceu do desejo do autor em criar, a partir de fatos marcantes de sua própria vida, não apenas uma história, mas uma ferramenta que ajudasse o leitor a responder de forma mais convicta duas inevitáveis perguntas da vida – de onde você veio e para onde você vai – tratando de um jeito leve questões importantes como o respeito à própria história e a construção cotidiana e permanente do legado. Como o próprio Zugaib define: “é um livro em que gente pequena ensina gente grande a resgatar sua essência mais pura. E em que gente grande ajuda gente pequena a superar as frustrações e as inevitáveis crises da vida”.

Em busca da beleza plena e definida

Texto lindamente escrito por Raimundo Carrero para o Suplemento Pernambuco sobre meu amado Sidney Rocha. Literatura, talento, bondade, alegria, mergulho. Quando não há adjetivos e eles se tornam tudo.

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E a história? Bem, a história é outra história. O que importa, o que interessa, definitivamente, é a Beleza. Única, iluminada, plena. Para Sidney Rocha, o cearense recifencizado, para usar a expressão de Gilberto Freyre, a beleza não é só o fundamento da arte, mas é, sobretudo, o fundamento da vida. Basta um olhar atento na sua obra, e não apenas em Fernanflor, (este romance inquietante e luminoso, publicado pela sempre surpreendente Iluminuras) mas começando por Sofia, prosseguindo com O destino das metáforas, e aí entram sobretudo a Beleza e o Destino do próprio Sidney, cuja obra hoje é um desafio para os críticos e para os leitores. Por tudo isso, é preciso estar atento, prontamente atento à produção desse escritor já consagrado com um Jabuti e a caminho de muito, muito mais.

Para admirar e compreender Fernanflor é preciso aproximá-lo de Morte em Veneza, de Thomas Mann, e de O ciúme, de Allan Robbe-Grillet, o primeiro pelo tema — esta mesma busca da beleza — e o segundo pela arquitetura. Claro que são dois autores bem diferentes, mas aqui se trata de uni-los para a busca da compreensão deste romance ímpar, em nada semelhante àquilo que comumente escrevemos. Em Mann, há uma grande paixão dos personagens, reforçada também em Tonio, passando pela dificuldade da contemplação (porque parece faltar compreensão), e em Roble-Grillet encontramos o oposto, em virtude do distanciamento narrativo. Sidney reuniu os dois caminhos com incrível habilidade técnica, tarefa reservada aos que compreendem, perfeitamente, a arte do romance.

A arte do romance, aliás, que tem sido muito esquecida nas produções recentes de quem precisa agradar a plateia em meio a gritinhos e crises de histeria. Há uma expectativa contemporânea para que o romancista seja apenas um bom contador de histórias, causando estremecimentos e correrias. Ou que interprete esta ou aquela cultura, que, aliás, é tarefa do ensaio ou do jornalismo. O ficcionista interpreta com a beleza e com o maravilho, daí a necessidade da arquitetura romanesca e, portanto, das técnicas. Sidney Rocha sabe perfeitamente, que não há romance sem beleza e que a beleza encontra-se na interioridade da obra. Tudo o mais é parola científica sem rumo e sem sentido. Construir uma obra de ficção não é interpretar conflitos sociais com o viés acadêmico, mas transformar tudo isso em metáforas, diálogos, cenas, cenários, maravilha pura.

Mesmo Thomas Mann, considerado um erudito da literatura, mesmo ele, tão cheio de conteúdos, optava pela metáfora — por compreender, sem dúvida, que o real é muito pobre. E, no Brasil, Ariano Suassuna preferiu o caminho da interpretação pelos símbolos — o maracatu, o bumba meu boi, a música, a dança, no que nem sempre foi compreendido.

Sidney Rocha não se filia a nenhuma escola ou tendência, mas busca a qualidade artística acima de qualquer outra questão porque aí está arte. Em quase todo o texto ele congela o personagem, ou os personagens, em situações que não poderiam ser absurdas, mas reveladoras. Sem esquecer a vida, personagens congelados, mas humanos, conciliados com o questionamento e com a efervescência do ser. A mudança da cena, mas raramente do cenário, provoca também uma mudança do espírito, da inquietação, da alegria ou do desespero, sem que seja necessário um discurso, nem mesmo com a revelação do personagem.

Daí aparece outra técnica artística muito eficaz na arte da prosa de ficção: o olhar do narrador. Para possibilitar esta reunião de elementos que coordenam e dão unidade, e não apenas sentido, ao texto, Sidney recorre à sua habilidade de artesão, fazendo com que este olhar à distância mostre o personagem. E mostrar, como escreveu Truman Capote, é a principal técnica do romance contemporâneo, dispensando, assim, o discurso ensaístico. Aí está a principal renovação de Capote, passando pelo Noveau roman, em que as emoções se representam e não se exasperam.

Discussões e debates de temas não são próprios do romance contemporâneo. Tudo deve ser revelado na representação, na arte de mostrar sem dizer, de sorte que a arte se apresente plena e reveladora. Absolutamente iluminada; deixando o leitor seduzido e, sem dúvida, apaixonado.

Cabelo bom é o que?

O lance é o seguinte: ideia sensacional… Sexta-feira, fui ao salão de beleza e a atendente estava explicando os procedimento de escovas progressivas a minha amiga. Fiquei estupefata quando ela disse que, determinado tipo de química de alisamento, era indicada para crianças a partir de 8 anos. Choquei e soltei: pára, isso é um crime, isso não existe, pra criança??? Absurdo isso. Para minha surpresa, quando entrei na sala de procedimentos, o que tinha lá? uma criança dando uma pisa daquelas no cabelo. Jogando todos os seus cachinhos num balde de química pesada. Tenho certeza que foi pelo simples fato de não ser aceita e isso fazer com que ela se incomodasse com os cachos. Ainda bem que tem autores preocupados com a necessidade de passar a mensagem de que sejamos únicos e felizes com o que temos.

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Matéria publicada no Juba de Leoa por Vivi Najjar
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“Um dia me falaram que existia cabelo ruim. Mas por quê?
Cabelo bom é o quê?
Cabelo bom é o que nasce, cresce e cai
Nasce de novo e por aí vai….
Que protege, penteia e enfeita
Que ilumina, enrola e me deixa satisfeita
Cabelo bom é esse aqui
Que me faz menina, alegre e perfeita!
Se é assim, todo cabelo é bom!
Cada um do seu jeito,
Cada um com seu direito
Grande, pequeno, liso ou enrolado
Branco, preto, vermelho, amarelo ou, até, azulado
Cabelo bom é o meu
Porque é com ele que eu posso fazer um lindo penteado. Bem enfeitado.”

Preocupado com o bullying que sofrem as crianças cacheadas e crespas de todo o Brasil, o diretor da empresa brasileira de beleza Yenzah, Rodrigo Goecks escreveu o livro infantil “Cabelo bom é o quê?”.

Quebrando o paradigma de que cabelos crespos e cacheados são sinônimos da expressão “cabelo ruim” que, aliás, sempre incomodou Rodrigo, ele lançou este livro para mostrar às crianças que todo cabelo é bom.

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São inúmeros os exemplos de preconceito vivenciados pelas crianças devido a esta expressão, cabelo ruim, que é comum em todo o Brasil. Qual o impacto disso na autoestima das crianças? Criamos a campanha #cabeloboméomeu, com o livro, um vídeo com meninas de várias etnias e a hashtag, na web, para elevar a autoestima das crianças cacheadas e crespas, fortalecendo a relação das crianças com seu cabelo e, consequentemente, com a sua identidade. Estamos muito entusiasmados com o impacto transformador que pequenas ações como essas possuem”, explica Goecks.

A marca ainda produziu um lindo vídeo com meninas recitando o poema do livro.

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O livro faz parte das ações de lançamento da série de produtos Sou + Cachos, criada pela Yenzah, com a participação de quatro mil consumidoras, que foram responsáveis pela co-criação da linha. O livro pode ser comprado na loja virtual Casa 18.

O livro, ilustrado pela artista Anne Pires, estará disponível on-line para download, para uso pedagógico nas escolas. Trezentos livros serão doados para a Escola Municipal Abelardo Chacrinha Barbosa, na Rocinha. A Yenzah ainda terá preço subsidiado para escolas que queiram usar o material como recurso pedagógico.

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Livro infantil “Cabelo bom é o quê?”
De Rodrigo Goecks, com ilustrações de Anne Pires
Coleção “Um dia me falaram”
24 páginas
R$ 15 (site), R$ 5 (preço subsidiado para escolas)

Transmissão da Flip

unnamedO canal Arte 1, em parceria com o Itaú Cultural e a Associação Casa Azul, transmite ao vivo e online todas as mesas de discussão da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty, entre os dias 29 de junho e 3 de julho, pelo: http://arte1.band.uol.com.br/flip. Além da transmissão, o site reunirá a programação das mesas e produções realizadas durante o evento.

A 14ª edição da Flip celebra a obra da poeta Ana Cristina Cesar. Neste ano, o canal produziu, em parceria com a Associação Casa Azul, os curtas “Duas ou Três Coisas que Eu Sei de Ana Cristina Cesar”, que exploram o universo criativo da autora homenageada. Com de cerca de três minutos cada, os filmes serão exibidos antes do início de cada mesa de discussão do evento em Paraty. As produções trazem cenas com a atriz Rita Carelli, que personifica e amplia o alcance da poesia de Ana C., e estão divididas por temas como: poesia marginal, sexualidade, família e consagração póstuma, com depoimentos de escritores e estudiosos. Entre os entrevistados para os curtas estão: a professora e crítica literária Viviane Bosi, a professora de literatura Clara Alvim, o diplomata e poeta Francisco Alvim, o poeta e ensaísta Italo Moriconi, e o escritor e roteirista paulista Reinaldo Moraes. Os filmes também entrarão na programação do canal durante os dias da Flip e ficarão disponíveis no site e no Facebook do Arte 1.

Ainda em parceria com a Associação Casa Azul, o Arte 1 realiza o “Sobremesa Flip”: boletins de cerca de cinco minutos cada com depoimentos dos convidados, gravados logo após suas participações nas mesas de discussão. Entre os entrevistados confirmados deste ano estão o poeta Armando Freitas Filho, o fotógrafo e cineasta Walter Carvalho, o romancista e roteirista escocês Irvine Welsh, o escritor norueguês Karl Ove Knausgard, e a escritora e jornalista bielorrussa Svetlana Aleksiévitch. O “Sobremesa Flip” irá ao ar na programação do canal a partir do dia 4 de julho e estará disponível também no site e no Facebook do Arte 1.

O canal Arte 1 encerra sua cobertura da Flip com reportagens especiais para o programa semanal “Arte 1 Em Movimento”, que irá ao ar na quinta-feira, dia 7 de julho, às 22h30. Uma equipe de 20 pessoas do Arte 1 estará em Paraty durante a feira.

Fique por dentro da programação do canal Arte 1:

http://arte1.band.uol.com.br/

https://www.facebook.com/canalarte1

Descobrindo sabores

Capa do Livro Descobrindo SaboresQue iniciativa legal. Por mais ações assim!

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O Centro de Pesquisa em Cozinha Brasileira lançará no próximo dia 04 o livro de receitas Descobrindo Sabores. Para a ocasião, será realizada a II Feijoada Aberta à Comunidade no campus da Anhanguera de Santo André que tem como objetivo principal incentivar e estimular os graduandos em Gastronomia para a pesquisa e a criação de artigos científicos sobre as descobertas de sabores.A feijoada será preparada por alunos e professores do curso.

“Temos um país enorme com sabores desconhecidos. Apresentar tal diversidade para os estudantes de uma forma acadêmica fará com que a nossa gastronomia ganhe sabores inusitados e, os alunos, novas experiências de aprendizado”, afirma a coordenadora do curso de Gastronomia, professora Bete Carneiro.

Mais informações podem ser obtidas no telefone: (11) 4991-9157.

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Gabo: a criação de Gabriel García Márquez

“Gabo: a Criação de Gabriel García Márquez”, do cineasta de Justin Webster é um filme que conta a trajetória desse colombiano que ganhou o mundo da literatura com uma produção ímpar e assim ficou conhecido mundialmente. O filme, que está sendo lançado no Brasil, tenta mostrar as evidências da sua trajetória desde sua infância, suas conquistas e toda sua produção literária.

 

A película traz para o espectador o escritor e sua luz em entrevistas gravadas nas quais fala de coisas sérias, sempre temperadas por seu conhecido senso de humor. O documentário é fascinante e cheio de sabor, como o Caribe que era, segundo Gabo, o único lugar da Terra em que se sentia em casa.

Assista o trailer:

Pessoa em HQ

20160411094558148508aOlha mesmo que coisa tão legal. A matéria foi publicada no Diário de Pernambuco hoje e aqui reproduzo.
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Trajetória do poeta português Fernando Pessoa é retratada em HQ
As aventuras de Fernando Pessoa, escritor universal é da mesma editora que, em 1934, publicou o único livro lançado em vida pelo poeta

Por: Alexandre de Paula
Publicado em: 10/04/2016 10:59 Atualizado em: 11/04/2016 09:49

O heterônimo de Fernando Pessoa Alberto Caeiro escreveu, certa vez, que queria “as coisas que existem, não o tempo que as mede”. Por isso, talvez a publicação de uma biografia em quadrinhos do poeta português importe mais do que os 10 anos que ela levou para ser produzida e os outros três até chegar a publicação. O fato é que, independentemente de quanto levou, aí está, em banda desenhada (como os portugueses chamam as HQs), a vida do homem que encarnou em si tantos outros nos traços de Miguel Moreira e nas cores de Catarina Verdier.

As aventuras de Fernando Pessoa, escritor universal, recém-publicado em Portugal, chega ao mundo com uma coincidência curiosa. Responsável pela edição da biografia, a Parceria A M Pereira é a mesma editora que, em 1934, publicou Mensagem, único livro lançado em vida por Fernando Pessoa. A biografia, segundo Moreira, foi consequência do interesse pelo poeta e do desejo de produzir quadrinhos “a sério”. “E de achar que Fernando Pessoa daria uma boa personagem de quadrinhos e, finalmente, de achar que, se de uma biografia se tratasse, a história acabaria por poder interessar a mais pessoas do que só a mim e a uns quantos amigos”, conta o autor.

A linguagem dos quadrinhos fez com que Moreira tivesse que ir além da apresentação de dados biográficos e encontrasse uma maneira de contar a vida do poeta português. “Obrigou-me de certa forma a romancear a biografia de Fernando Pessoa, um exercício perigoso e que já deu maus resultados aqui em Portugal”, conta. Apesar da dificuldade, ele acredita que foi útil fazer isso para os períodos da infância, da adolescência e do início da vida adulta sobre os quais há bem menos informações.

O processo de imprimir cor aos desenhos de Moreira impôs dificuldades, já que todos os registros da época são em preto e branco. “O mais difícil para a Catarina Verdier foi escolher a paleta de cores para retratar uma época que conhecemos principalmente de fotografias a preto e branco”, conta. “Foi uma parceria rica em termos de processos e resultados”, completa.

A obra retrata toda a vida do escritor, desde a infância à morte. Os heterônimos, a namorada Ofélia, os amigos. Moreira acredita que a publicação da biografia em quadrinhos pode, inicialmente, atrair os leitores pelas cores e pelas imagens, mas adverte que é preciso entender que a HQ é uma forma artística com códigos próprios. “Eles devem ser respeitados, se não a experiência de leitura pode ser prejudicada e o lado biográfico acaba por perder importância na mente do leitor”, afirma.